01/12/2010

O papel da religião na engranagem do Sistema

Chegamos a um tema muito complexo e delicado: religião.

Eu sou católico, pelo menos fui batizado e fiz primeira comunhão, então teoricamente sou católico. Mas assim como no Catolicismo e no Cristianismo em geral, pra mim todas as religiões tem o mesmo objetivo. Muitos conspiradores alegam que a religião tem aspirações de dominação, mas eu acho que as religiões são apenas instrumentos de uma força maior.

O símbolo recorrente da religião, pelo menos no Cristianismo, é a do pastor que cuida do seu rebanho, que seriam os fiéis. Pois pra mim a função da religião é exatamente essa: a de pastor, a de conduzir todo o rebanho na mesma direção, a de não deixar um ovelha se desgarrar, a de colocar todo o rebanho preso no curral do que intitularam como "moral e bons costumes".

O que acho muito errado também é a alegação de que a ignorância leva as pessoas para a religião. Isso não é verdade. O principal convertedor de fiéis é a Saúde, ou melhor dizendo, a falta de saúde. Aí entra o outro instrumento fundamental em toda essa trama: a medicina (pra entender melhor meu pensamento sobre a medicina, leia meu post anterior).

À primeira vista Medicina e Religião não tem nada a ver, muito religião inclusive vê o "mal" na medicina. Mas na verdade Medicina e Religião são dentes da mesma engrenagem. A Medicina ocidental, principalmente, hoje está num nível muito aquém do que deveria estar. Basicamente a medicina trata infecções e traumatismos, muito porcamente. Existem uma gama de doenças incuráveis e tratamentos eternos que tem o objetivo de fragilizar e provocar sofrimento nas pessoas, levando-as a buscar ajuda na religião.

Existe também a alegação da fé, que cura doenças e muitos contam histórias de conhecidos ou deles próprios que estavam desengados pela medicina e conseguiram a cura ao procurar uma religião. Eu acredito piamente nisso. Parece ir contrário a tudo que estou dizendo até agora, mas eu explico.A verdade é que a Medicina é que te leva a crer que você está desenganado. O desespero que isso provoca te leva para a religião, onde a pessoa encontra a cura como encontraria se desde o início fosse levada a crer (fé?) que o seu problema teria cura. Essa pessoa curada é mais uma ovelha no enorme rebanho global, ela já está domada. A engrenagem dá mais uma volta.

Outra grande forma de "gadificação" (neologismo inventado por mim, não adianta procurar no Aurélio) das pessoas é a forma como as religiões impõe seus dogmas de que sua vida já está decidida ou que você não tem controle sobre ela, pois tudo o que acontece depende da vontade de uma força superior ou do que você fez em vidas passadas. Primeiro que não lembramos nada de (im)possíveis vidas passadas, como aprender com uma coisa que desconhecemos? Se eu acreditasse nisso, eu deitaria numa rede na beira da praia e esperaria as coisas acontecerem pra mim. Não faz o menor sentido lutar pelas coisas se já está tudo escrito.

Também não acredito no castigo divino: se você for mal, vai pro inferno quando morrer, se for bom vai para o paraíso. Sinceramente, quem acredita em inferno e paraíso deveria acreditar também em Papai Noel. Um deus que manda o seu pai matar o próprio filho, um ato de pura crueldade, para na hora H segurar o braço do infeliz... esse não é o meu Deus. Se Deus me pedisse algo dessa natureza, ele poderia me mandar para o inferno, mas nem lá eu levantaria a mão para os meus filhos. E esse camarada da Bíblia que fez isso deveria ser condenado por tentativa de homicídio, com agravante de ser contra uma criança.

A verdade é que a verdade não existe, mas tudo o que pregam as religiões são instrumentos para manter as pessoas controladas. O ser humano tem uma necessidade de eternizar a vida, para nós não faz sentido que se viva só esses míseros anos quando o mundo tem bilhões de anos e as religiões, TODAS, atingem exatamente o centro desse ponto fraco: "depois de morrer você vai para um lugar bonito, mas tem que fazer tudo certinho, tem que seguir a cartilha, senão vai pra um lugar muito feio, quente e com um cara chifrudo te esperando" ou então "faça tudo o que manda a cartilha, aí na próxima vida você vai ser muito feliz, senão você vai sofrer muito". Se eu pensasse assim, doaria toda a minha grana (que é pouca, mas o que vale é a intenção, não é assim?) para uma instituição de caridade e me suicidaria para nascer logo na próxima vida e ser super feliz (ah não, me esqueci: se eu me suicidar vou pro limbo ou viro alma penada, algo do tipo... as religiões pensaram até nisso, poxa).

Eu poderia me estender eternamente (sem trocadilhos) sobre este tema, mostrando aqui contradições nos ensinamentos de várias religiões, mas acho que já tô fugindo do objetivo do blog, que é mostrar que as religiões fazem parte de uma grande conspiração que venho falando aqui neste blog em vários post.

O próximo vai ser mais legal e ameno: 2012 - Eu acredito ;-)

Em tempo: gostaria de dizer que não sou ateu, acredito em Deus, apenas acho que uma pessoa não precisa ter uma religião para acreditar em Deus. Eu oro toda a noite agradecendo e pedindo e não acho que se precisa de religião para isso.

Um comentário:

  1. Falou e disse!
    Como eu sempre falo quando toco nesse assunto com alguém:
    Antigamente religião era para explicar coisas fora da compreensão coletiva. Mas hoje em dia a religião tem outro foco, o "controle de massa"...

    Já fui em muitas religiões, apesar de não acreditar em nenhuma. E o que se prega hoje é basicamente costumes e maneiras que vc tem que seguir para ser considerado como "bom", e ganhar os prêmios de um bom fiel.

    Só tenho uma visão diferente da relação da religião com a Medicina/ciência...
    Mas, é isso ae... abração!

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